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novembro

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A natureza está falando, já pensou quando ela gritar?

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Os eventos corridos no Rio Grande do Sul nos mostraram mais uma vez que a natureza está falando com os seres humanos. Pena que estes, com ouvidos moucos, teimam em não ouvir.

Muitos compararam a tragédia do Sul com o que ocorreu em, São Sebastião. Não foram eventos iguais, ao contrário, este do sul do país foi algo jamais visto em nosso solo tamanha a sua fúria. Nunca havíamos tido furacões desta magnitude no Brasil.

A Terra, mãe natureza, sempre foi e ainda é generosa, mas estamos longe do tempo em que ela era apenas “onde se plantando tudo dá”. Ela está dando mais e através de sua doação o progresso se faz.

»» leia também: A cesta de ofertas

As Leis Mortais, dentro da doutrina de Kardec, nos ensinam que a construção e a destruição caminham lado a lado. Contudo, a destruição útil é aquela que existe para construir algo a partir dela. Em outras palavras, aqui se aplica a célebre frase de Lavoisier “No mundo nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

De fato, quando uma jazida de solo ferroso é encontrada e dela extraímos o ferro, a jazida foi destruída, mas para um bem maior, pois com o ferro construímos, fazemos chapas para a indústria, enfim, damos continuidade ao progresso, outra Lei Moral.

Quem quiser ver isso não precisa ir longe, basta dar uma voltinha na COSIPA, em Cubatão.

Contudo, o que temos visto, não só no nosso país, mas no mundo todo é a destruição pelo lucro. E a Terra, generosa, mas paciente ainda, fala, e aí, em situações graves e grandes como esta no solo gaúcho, o homem chora.

No fundo, é o mesmo linguajar que a natureza está usando em várias partes do mundo com furacões, chuvas imensas, terremotos. São avisos de que o ser humano não está dando à Terra a contrapartida de tudo o que ela nos oferece.

E isso é ruim, aliás, muito ruim, porque o dia em que ela gritar não haverá quem poderá deixar de perder. Nem o homem, nem a ciência, nem programas, apelos, serão suficientes para evitar tragédias maiores.

O que precisamos entender é que tudo o que fomos, somos e sempre seremos vem deste planeta, a única casa total capaz de nos abrigar, sustentar, permitir que construamos um futuro para a raça humana.

É isso que os governantes não conseguem ver e ouvir. São cegos e surdos convenientemente, imaginando que as tragédias nunca os alcançarão. Como estão enganados!

Por isso, embora este problema seja universal, pelo menos em nosso país, podemos pedir que os senhores congressistas em Brasília parem de fazer leis que apenas atendam seus umbigos.

Trocas interesseiras de ministros, criação de novos ministérios para “acomodar” os amigos, criação de cargos de primeiro, segundo e terceiro escalões, elevando o gasto com o próprio governo quando este se esquece que a riqueza que possui vem do povo e para este deveria voltar.

Fico aqui pensando. Se um dia a Terra gritar, até surdos irão ouvir, mas aí será tarde demais e todos, veja bem, todos, mesmo os que estão nos cargos e sugando as benesses do poder serão atingidos.

Por isso, é tempo de limpar a cera do ouvido, aumentar a lente dos óculos e começar a perceber o que a mãe natureza precisa que tenham por ela o mesmo interesse que políticos tem consigo mesmos. Pois ela está se cansando de apenas servir ao homem e este nada, ou muito pouco, está lhe dando em troca.

Assim, cuidado, a natureza por ora está falando, e está ruim. Já pensou se ela começar a gritar?

Sérgio Motti Trombelli
é professor universitário e palestrante

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