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novembro

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Coluna – O desafiar é inútil

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Ninguém duvida da capacidade do homem, afinal, criado à imagem e semelhança do Criador ele pode enfrentar desafios e com isso fazer o mundo em que vivemos ser como é.

Contudo, apesar do ser humano gostar de desafios, enfrentá-los e quase sempre sair vitorioso, há um desafio que o homem, ao longo da História, jamais venceu: desafiar a natureza. E é simples, porque a natureza é criação divina, não dá para superá-la.

Contudo, esse bicho homem não aprende e propõe desafios à natureza divina a todo instante. Polui as águas, acaba com as florestas, aumenta a camada de ozônio, e a natureza aceita desafios e vem à luta. E aí, nós perdemos.

O que está ocorrendo com os desastres naturais do litoral de São Paulo, principalmente em São Sebastião é o exemplo mais atual desta luta inútil que o ser humano propõe contra a natureza em busca de facilidades.

— Leia também: Coluna: Realidade cruel

A Terra reage ao que não lhe convém. É preciso que o homem entenda que tudo aquilo que ele possui, veio da natureza dada por Deus. Desta forma, é uma imensa idiotice sair à luta contra ela, isto é, querer lutar contra as forças naturais.

Ao contrário, deveria preservá-la porque assim ela, de forma generosa, estaria sempre pronta a atender nossas necessidades, pois esta é sua função.

Mas não. Na busca do lucro fácil, acabamos aos poucos com a floresta Amazônica, poluímos os mares, causamos com o combustível fóssil o degelo dos polos e aí, o que esperar? A natureza diz “vem que eu topo” e nós não queremos ouvir, então, mais uma vez perdemos.

Só que as apostas não são de dinheiro, mas de vidas. O equilíbrio criado por Deus é perfeito e não admite mudanças. As pessoas precisam entender que a ecologia é juma ciência divina porque o Criador é quem a fez. Se o mar subir um centímetro, haverá mudanças de temperatura, de chuvas, de avanços marítimos e tudo isto fruto da aposta que o homem vem fazendo para perder ao longo dos anos.

Claro está que não é o ser humano em geral que aposta errado. São os políticos que sentam na mesa deste jogo suicida e ficam apostando com o que não lhes pertence: a vida dos cidadãos.

O que estamos vendo em São Sebastião é exatamente isso. Falta de infraestrutura, falta de habitação, falta de cuidados, falta de zelo com a vida dos seres humanos que lá residem.

Justamente para isso é votamos em políticos, para que eles façam o que devem fazer pela coletividade, esta é a função deles e não apostar contra o impossível. Entretanto, o coletivo não importa frente os interesses individuais.

Quando os sinistros acontecem e as vidas humanas pagam a conta, todos vêm correndo dizer mil palavras inúteis, palavras gastas, palavras repetidas como já fizeram tantas e tantas vezes, mas os projetos continuam não saindo do papel.

Seria maravilhoso se os políticos tomassem consciência de que as contas que deverão pagar por estas apostas e desafios contra natureza não serão pagos neste mundo. Os que creem numa vida posterior sabem disso. Eles não. Ou, mesmo se creem, estão mais uma vez apostando que poderão carregar sua importância, ou sua riqueza na vida após a morte.

Nada se carrega daqui a não ser suas ações, seu trabalho, seu mérito. A vida não é uma mesa de jogo onde se desafia o Criador. É um espaço onde o trabalho de cada um conta para a harmonia da coletividade.

A convivência é feita com uma parcela pequenina que cada ser humano, com o seu trabalho, faz para contribuir com a sociedade. Os políticos nem sempre fazem o seu. Os que deveriam fazer a sua parte, os políticos, estão devendo, e a cobrança quem fará não seremos nós.

Sérgio Motti Trombelli
é professor universitário e palestrante

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