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Guarujá em Foco

Estudo piloto inédito mapeia visitantes na Prainha Branca

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Prefeitura quer definir, por levantamento com duração de 12 meses, o número adequado de visitantes na Apa

A Prefeitura de Guarujá inicia, em dezembro, um estudo inédito na Prainha Branca. Trata-se do levantamento diário de quantos visitantes o local recebe, durante 12 meses, para a definição do volume adequado de banhistas. A orla da tradicional comunidade caiçara é a única do Estado de São Paulo que integra uma Área de Proteção Ambiental (Apa), a da Serra de Guararu.

Outro fator é o da região também ser uma Unidade de Conservação (UC) sustentável.

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Sob a condução da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam), a pesquisa começará após uma adequação na antiga guarita de acesso. O equipamento ganhará, a partir de compensação ambiental, um banheiro para o uso exclusivo dos moradores escalados para registrar a entrada, saída e permanência das pessoas no local. Não haverá nenhuma cobrança ou restrição de passagem.

A Sociedade Amigos da Prainha Branca apresentou a proposta e será responsável por contabilizar os visitantes, conforme deliberação acordada junto aos Conselhos Municipal de Meio Ambiente (Comdema) e Gestor da Apa Serra do Guararu. Um dos objetivos da iniciativa é elaborar um plano estratégico para a utilização consciente do espaço, inibindo atividades de depredação e mantendo a qualidade de vida da comunidade.

Capacidade de carga

O novo levantamento foi motivado por um estudo de capacidade de carga realizado pela Semam, em parceria com a Fundação Vanzolini, entre os anos de 2019 e 2022. Ambas realizaram um diagnóstico de todas as sete praias que a Apa Serra do Guararu abriga.

A análise, também chamada de ordenamento turístico, detectou que a Prainha Branca é a que recebe “maior pressão”. Isso porque é localizada em uma comunidade caiçara, sendo extremamente atrativa para o camping, prática que gera superlotação, especialmente na alta temporada, e compromete a qualidade de vida local.

Mesmo o primeiro levantamento já tendo definido alguns aspectos, a Semam destaca que o teste piloto será fundamental nas conclusões finais do futuro pacote de medidas para garantir a sustentabilidade da região. As questões consideram, ainda, a garantia em atendimentos de saúde e segurança, dada às características de acesso como o tempo de trilha em torno de 30 minutos.

Responsabilidade compartilhada

A Serra do Guararu, tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), faz sobreposição à Apa Marinha do Litoral Centro, ou seja, também está sob os cuidados da Fundação Florestal.

Na prática, sua gestão é uma responsabilidade compartilhada entre os Governos Municipal e do Estado, além da sociedade civil. Por ser a única localidade terrestre, o seu Plano de Manejo prevê, ainda, o ordenamento turístico.

Floresta ombrófila

A região possui floresta ombrófila densa bem preservada, caracterizada por vegetação alta e zona costeira da Mata Atlântica onde o período biologicamente seco é praticamente inexistente. No local também há espécies endêmicas como esquilos, guaiamuns (caranguejos azul ameaçados de extinção), tamanduás-mirins, pacas e gambás. Todos os esforços protegerão o paraíso ecológico de Guarujá.

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