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novembro

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Coluna Só para Pensar – Excesso de badalação

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Creio que este time de notáveis que compõe a tal equipe de transição, gosta mesmo é de badalação. O que temos visto são sucessivas entrevistas de quem são os membros que terão a “grandiosa tarefa” de pensar e solucionar os problemas do Brasil.

Se não fosse a clareza, a segurança, a capacidade de Alckmin, teríamos perfiladas estátuas mudas – Gleisi Hoffmann, Aluízio Mercadante, démodés da política brasileira, além de outras estátuas – todos com aquele “olhar superior’ dos petistas que tínhamos desacostumado de ver.

Aliás, já repararam que todas as vezes que Alckmin, ou mesmo um senador do PT vai dar entrevista, a “poderosa presidente” Gleisi está presente, ao lado do entrevistado? Uma tática petista para mostrar a todos que, apesar de Lula ter feito uma frente ampla nesta eleição, quem manda é o PT, o mandato é do PT, por isso todos falam porque o mundo petista “permite”.

Lembrete: se os demais partidos, o vice-presidente, Simone Tebet, Marina Silva não estivessem com toda força no segundo turno, Lula dificilmente teria vencido.

Mas, voltemos ao tema. Na verdade, informar o povo sobre a transição é o que tem que ser feito: mostrar ao povo brasileiro quem fará o “trabalho redentor da reconstrução”. Mas o que temos visto são muitos nomes e pouco trabalho.

Em outras palavras, muitos economistas, mas pouco sabemos como será a economia futura; muitos políticos e pouco sabemos dos projetos sociais, já que à exceção dos R$ 600,00, nada sabemos de segurança, de educação, de cultura, etc., a não ser os mantras “vamos fazer isso, aquilo e aquilo outro”, mas não dizem “como”, e aqui está a chave para solução dos problemas: saber não só o quê, mas como fazer o correto.

O que o Brasil precisa todos sabemos, mas quais as ações que serão feitas?

Já se passaram praticamente 30 dias e mais gente está chegando – dizem que os “iluminados” passarão de 200! Getúlio Vargas disse certa vez que quando não se deseja resolver um problema, basta criar uma comissão. O PT está criando um batalhão inteiro, com soldados rasos, tenentes, coronéis e futuros ungidos, que é a esperança de muitos sonhadores que lá estão.

Por outro lado, o desconhecimento do nome dos futuros ministros deixa incomodado o mercado e a gangorra do dólar junto das subidas e descidas da bolsa de valores têm feito muita gente perder dinheiro – ou ganhar, sabe-se lá.

Estas coisas criam instabilidade que se somam aos perenes manifestantes que estão acampados na frente de quartéis, todos financiados – pelo que supõe o STF – por empresários bolsonaristas. O que gera mais instabilidade.

Seja como for, o Brasil ainda não se aquietou. As trombetas da campanha continuam soando. O PL entrou nesta semana com uma ação judicial de contestação do resultado das eleições no TSE, a qual, se não trará efeitos práticos capazes de mudar o resultado do pleito, acenderá o fogo dos inconformados e desta vez pode elevar os ânimos a patamares mais agressivos.

Os políticos eleitos buscam fazer futuros acordos e muitos dos que perderam o mandato estão à cata de nomeações em cargos federais que pingam daqui e dali, como recompensa pelo apoio dado ao atual presidente. Enfim, tudo fica como sempre foi.

O que esperamos é que não continue este “como sempre foi” e que a paz possa se sobrepor ao ódio criado por esta polarização insana que vimos nas eleições deste ano.

A maioria do nosso povo quer que o país descanse, chega dos momentos de campanha, das manifestações violentas. Todos esperam que nosso país mude para melhor daqui para frente, afinal, se existe um povo que merece muito, porque com o suor do seu trabalho oferece muito ao Estado, é o nosso.

Sérgio Motti Trombelli
é professor universitário e palestrante

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