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Guarujá em Foco

Operação Impacto: SSP mantém policiamento no litoral

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Cidades vão contar com reforço do efetivo com atuação do Baep e do Choque até o início da Operação do Verão, em dezembro; haverá reforço no policiamento e continuidade nas ações desencadeadas pelas forças de segurança do estado

Da Redação

As Polícias Civil e Militar permanecerão atuando nas cidades da Baixada Santista com policiamento intensificado para combater a criminalidade por meio da Operação Impacto.

Isso é o que tranquiliza a população. O comerciante Lindeilson Gonçalves Vieira disse que no último mês a segurança no Guarujá melhorou para toda população. “A situação estava preocupante antes e precisava de uma ação para afastar a criminalidade”, afirmou.

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Ainda de acordo com ele, que possui um restaurante há 14 anos na cidade, não só os turistas sofriam com a violência, mas o próprio comércio era alvo dos bandidos.

A opinião também é compartilhada pelo taxista Paulo Coelho. Morador há 30 anos do Guarujá, ele relatou que há mais tranquilidade para trabalhar. “A preocupação era constante, mas com o aumento de policiais nas ruas ajudou bastante.”

Operação Verão, Baep e Dejem

Conforme a Secretaria da Segurança Pública (SSP), até o início da Operação do Verão, em dezembro, haverá reforço no policiamento e continuidade nas ações desencadeadas pelas forças de segurança do estado.

“Vamos continuar com policiamento reforçado, principalmente nas regiões mais críticas, com efetivo do 2º Batalhão de Ações Especiais (Baep) e com emprego das equipes de Força Tática”, ressaltou o comandante do CPI-6, coronel Leandro Pereira Lima.

Também haverá apoio do policiamento do Comando de Choque da capital paulista, além do remanejamento das vagas da Dejem para suprir e manter a segurança para a população da Baixada Santista.

“O reforço que teremos aqui será com o mesmo foco de combate à criminalidade, crime organizado e tráfico de entorpecentes”, reforçou o coronel. “Essa atuação, invariavelmente, também impacta positivamente na redução dos outros índices criminais”, lembrou.

O policiamento preventivo também contará com apoio da PM Ambiental. Durante o último mês, a 5ª Companhia de Policiamento Ambiental Marítimo atuou com embarcações nas principais rotas no entorno do Guarujá e de Santos, utilizadas pelos criminosos para o transporte de drogas e armas.

“A gente vai continuar fazendo o patrulhamento diuturnamente no canal de Santos, nas áreas de maior pressão, com possibilidade de tráfico de drogas, roubos e furtos”, afirmou o capitão Fernando Burgos, comandante da companhia.

Fim da Operação Escudo

Secretaria de Segurança Pública anunciou final da operação Escudo após 40 dias

A Operação Escudo foi encerrada depois de 40 dias de atuação das Forças de Segurança nas cidades da Baixada Santista. Apesar de receber o apoio e a aprovação de grande parte da comunidade guarujaense, a operação também foi alvo de críticas em razão do alto índice de letalidade policial: a ação deixou 28 civis mortos.

A ação foi desencadeada após o assassinato do soldado Patrick Bastos Reis, das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), em 27 de julho, durante um patrulhamento no Guarujá.

Além de prender os criminosos que mataram o policial, a Operação Escudo teve como objetivo combater o crime organizado, asfixiando o tráfico de drogas, principal fonte de renda dos criminosos.

Ao longo do período, quase 1 tonelada de entorpecentes foi apreendida na região. Ao todo, 958 criminosos foram presos. Destes, 382 eram procurados da Justiça e estavam foragidos por crimes que vão desde falta de pagamento de pensão alimentícia até sequestro e homicídio. Outros 70 adolescentes infratores foram apreendidos.

“A Baixada continua sendo prioridade, ou seja, a migração da Operação Escudo e o retorno da Operação Impacto não vai representar prejuízo para a população. Os Baeps que prestaram apoio retornam para suas regiões e nós manteremos um efetivo do Choque, além do remanejamento das vagas da Dejem para suprir e manter o apoio para a população da Baixada Santista. É importante ressaltar que a população não ficará desassistida”, citou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.

Afronta

Entre os presos estão criminosos com várias passagens policiais, líderes de facção e traficantes. A operação teve como principal objetivo combater o crime organizado, asfixiando o tráfico de drogas, principal fonte de renda dos criminosos.

Também foram retiradas, das mãos de criminosos, 117 armas, incluindo fuzis e submetralhadoras.

“O Estado não será afrontado em nenhuma ocasião em São Paulo. Esperamos que novas operações não sejam necessárias, mas caso se façam necessárias, caso o Estado seja afrontado, em qualquer ponto, operações como a Escudo serão desencadeadas para garantir que não haverá um estado paralelo dentro do Estado de São Paulo”, concluiu Derrite sobre o comprometimento da SSP com o enfrentamento do crime organizado.

Críticas
No início de agosto, moradores de bairros onde ocorreram as mortes decorrentes da Operação Escudo, na cidade do Guarujá, relataram que policiais executaram aleatoriamente pessoas identificadas como egressas do sistema prisional ou com passagem pela polícia.

Os relatos foram colhidos por uma comissão formada por deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), representantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, da Ouvidoria de Polícia do Estado de São Paulo, e do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana da Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado.

O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) divulgou na última sexta-feira (1º), a versão preliminar de um relatório sobre a Operação Escudo. O documento contém 11 relatos de violações de direitos humanos praticadas pelos agentes policiais e menciona episódios que vão de execuções a invasões ilegais de domicílio.

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