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Brasil, país do futuro. De novo?

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Bem, 2021 chegou ao seu final, e para ser sincero de forma lamentável. Alguns aspectos macro da história contemporânea do Brasil mostram isso. Vejamos.

A começar com os mais de 620 mil mortos pela covid-19, já o total de infectados passa de 22 milhões, cujas sequelas ainda são imprevisíveis. Além disso, como em todo o mundo, estamos lidando com o surgimento de uma nova cepa do vírus, a ômicron, cujos resultados finais ainda são incertos.

Será que vale a pena postergar a vacinação de crianças e jovens de 5 a 11 anos como deseja o Ministro da Saúde? De sobra, aqui no Brasil, ainda temos um surto de gripe que preocupa as autoridades médicas.

 — Leia também: Batalhas desnecessárias

A gripe H1N1, a antiga, provocou 1.774 mortes no Brasil, desde o início do ano, segundo boletim, publicado pelo Ministério da Saúde. Agora nos deparamos com a gripe H3N2, que começa a fazer vítimas em vários estados. A nova vacina contra este vírus só fica pronta em março, mais ou menos. Até lá…

De outra parte, economicamente, terminamos o ano com uma inflação de dois dígitos, 10,2%, e quiçá até mais, quando os números de dezembro se fecharem em janeiro. O total de desempregados chega a 12,9 milhões de pessoas e há uma recessão à vista que nem é bom pensar.

O PIB continuará baixo, quem sabe, se tivermos sorte, chegará a 1% no ano que vem, mas os economistas são céticos e esperam no máximo que cheguemos a 0,6%. Quer dizer, o crescimento será pífio e sem crescimento, teremos mais desemprego e mais controle de juros, e com isso, mais inflação. Durma-se com uma perspectiva como esta.

Politicamente, o ano termina com uma das maiores vergonhas que a história registrará para sempre: o orçamento secreto. Para 2022 são designados no orçamento da união 16 bilhões, no ano passado já tinha sido de 16,8 bilhões.

Será que fizemos economia? Este é um dinheiro que não se sabe a quem vai para que vai e será mesmo gasto? Como se não bastasse, 5,7 bilhões ainda foram destinados às campanhas eleitorais dos atuais deputados federais e senadores.

Por fim, o ano termina com um desânimo geral de nossa população, mas as pesquisas mostram que, apesar disto, o brasileiro está esperançoso para 2022. Isto acontece sempre, porque nosso povo teima em acreditar que o amanhã será melhor, que uma vida menos penosa e mais justa será possível.

Desde pequeno ouço dizer que o Brasil é o país do futuro, só que este futuro não chega nunca.

Como vimos, 16 mais 5,7 bilhões, somam 21,7 no total, indo diretamente para os deputados e senadores. Quer para darem às prefeituras, ou a quem eles quiserem em troca de apoio político; quer para usarem em suas respectivas campanhas eleitorais.

E isso é vergonhoso.

Quer dizer que, se um tal Zé das Couves quer ser candidato à reeleição, eu, você, a nossa gente brasileira, tem que bancar a conta só porque um político em Brasília quer e pode votar a seu próprio favor? É justo?

Os senadores e deputados federais acham que sim, e desta forma o “povo que lasque”, desde que os senhores deputados e senadores levem vantagem. Só no Brasil!

Neste 2022 teremos eleições. Governadores, Deputados Estaduais e Federais, Senadores e a Presidência da República estarão em jogo. Nossa única opção de mudança é fazer a escolha certa.

Esta coluna não tem preferências e nem partidarismos, apenas apela para o bom sendo de seus leitores para que sejam criteriosos e diligentes nos nomes a serem escolhidos.

Somente assim poderemos de fato almejar um amanhã mais digno e justo para todos. Afinal nosso país precisa deixar de ser o país do futuro e ser o país do agora.

Feliz Ano Novo a todos.

Sério Motti Trombelli
é professor universitário e palestrante

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