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Como não ser enganado por políticos? Será possível?

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Muitas pessoas reclamam que há buraco na rua, que não tem nova escola no bairro, que a gasolina está o ‘olho da cara’… Mas, será que você está reclamando para o político eleito certo? Por exemplo, cobrar do vereador uma nova creche no seu bairro vai resolver o problema?

Para o especialista em gestão pública, Ricardo Holz, é justamente aí que está o problema. “As pessoas precisam conhecer a organização política do País para fazerem escolhas melhores para os cargos nas eleições”, pontua. Para ele, esse é o principal motivo de candidatos despreparados serem eleitos por cidadãos que nem sabem para que serve aquele cargo.

Ricardo acaba de lançar o livro “Manual básico para não ser enganado por políticos” (editora Pod) e está realizando uma série de palestras de Norte a Sul do País, com a intenção de preparar melhor os eleitores na hora de escolher o voto.

Nesta coluna ele fala um pouco sobre o conteúdo do livro, além de fazer um panorama dos eleitores e candidatos que tem encontrado por aí.

A educação política deveria fazer parte do currículo escolar

É importante lembrar que a intenção não é criticar, mas disponibilizar informação para que a escolha do candidato seja feita consciente, com a certeza de que fez a melhor seleção entre os disponíveis naquele momento. “A educação política deveria fazer parte do currículo escolar”, afirma.

— Leia também: Hotelaria Solidária ajuda na promoção da segurança junto às autoridades

Para Ricardo, não só é possível deixar de ser enganado por políticos, mas é fácil: “Se o eleitor souber para que paga o salário de cada um dos cargos, todos os meses, na hora que ouvir o que um candidato propõe, vai saber se ele está apto, ou não, a ser eleito àquela vaga para qual será ‘contratado’ (eleito) nas próximas eleições”, pontua.

O momento oportuno para falar sobre o assunto, visto que estamos às vésperas das Eleições Gerais de 2022, quando iremos eleger, ou como ele diz, “contratar”, cinco candidatos para estarem à frente de cargos importantes pelos próximos quatro anos: um deputado estadual, um deputado federal, um senador, um governador e o presidente da República.

Segundo o autor, nas suas palestras, ministradas para todos os tipos de público, desde universidades até comunidades, tem muitas pessoas que não sabem, por exemplo, que em tudo o que nós consumimos, produtos ou serviços, existe imposto.

“Roupa íntima, sua camisa, sua calça, o seu celular… tudo o que você imaginar tem imposto. Eu explico nas minhas palestras”, contou. Segundo ele, muitos não sabem que nos preços das coisas estão embutidos impostos, que serão revertidos em recursos públicos para que sejam executadas as metas e prioridades para os gastos públicos.

Essas metas e prioridades são estabelecidas pela Lei Orçamentária Anual, que deve ser aprovada em sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado, permitindo que o governo prepare o orçamento final do próximo ano.

“É preciso saber quem aprova, quem fiscaliza e quem executa ações com recursos públicos, para que o eleitor reconheça no discurso de político A ou B, se a sua fala condiz com o cargo para o qual ele se candidata”, assegura.

“Em todas as palestras que faço eu vejo que há pouquíssimo entendimento sobre a estrutura política, impostos, o que faz cada um. Acham, por exemplo, que o Presidente da República pode fazer o que quiser, que ele manda no País. E as coisas não funcionam assim… o fato é que o cargo só pode tomar alguma atitude factual com gasto público se tiver aval da Câmara Federal e do Senado. E ficam chocados ao descobrir isso”, afirma.

“Falta informação, também um pouco de interesse por política. E soma-se a isso o nosso “ranço” dos políticos. É uma figura desacreditada. As pessoas têm que entender que o político é funcionário da população e o eleitor o “contratante”, que tem que saber se ele tem perfil para o cargo”, explica.

Se você quiser saber mais sobre educação política, informar-se com quem quer despertar o melhor eleitor que há dentro de você, basta acessar a página aqui, onde é possível baixar o livro.

Estamos há cinco meses das eleições. Dá tempo de fazer a lição de casa.

Congresso Nacional-Reprodução

Quais as funções dos cargos que serão disputados em 2022?

  • Deputado estadual – cria e altera as leis, fiscaliza a atuação do governador e representa a população na esfera estadual, ou seja, nas Assembleias Legislativas.
  • Deputado federal – Compete aos integrantes da Câmara dos Deputados, juntamente com os senadores, discutir e votar o orçamento da União, assim como fiscalizar a aplicação adequada dos recursos públicos. Podem apresentar emendas para a realização de obras específicas em seus estados e municípios.
  • Senador – Eles têm trabalho semelhante ao de deputados federais, mas sua atuação é muito mais ampla. Cada estado elege três senadores, alternadamente: um ou dois a cada quatro anos. Em 2022 será apenas um.
  • Governador – administrar o estado e o representa em ações jurídicas, políticas e administrativas. Uma das suas principais responsabilidades é a segurança pública, envolvendo o controle das Polícias Civil e Militar e a construção e administração de presídios.
  • Presidente da República – É o responsável pela administração do Brasil. É ele quem sanciona ou veta projetos de lei aprovados por deputados e senadores. Também pode propor leis para serem debatidas e criadas.

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