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Ex-governador Márcio França é alvo de operação da Polícia Civil

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Operação investiga desvios na área da saúde; equipes da Polícia Civil executam mandados de busca e apreensão em endereços na Baixada Santista e na capital paulista.

Na manhã desta quarta-feira (5), uma operação da Polícia Civil que investiga desvios na área da saúde tem como um dos alvos o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB). A ação é parte da operação Raio-X, que apura crimes de formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro e envolve a Polícia Civil, o Ministério Público e a Corregedoria Geral da Administração.

 — Leia também: São Paulo registra 24 infecções simultâneas por covid-19 e influenza

Os policiais cumprem 34 mandados de busca e apreensão nas regiões de Araçatuba, Bauru, Baixada Santista, Campinas, capital paulista e Presidente Prudente. Entre eles estão endereços ligados ao ex-governador em São Vicente, na Baixada Santista, e na Vila Mariana, na Zona Sul de São Paulo. O irmão de França, Cláudio França, também é um dos alvos.

Em nota à imprensa, o ex-governador de São Paulo reforçou que trata-se de uma operação política e que “começaram as eleições 2022”.

Reprodução

“Não há outro nome para uma trapalhada, por falsas alegações, que determinadas ‘autoridades’, com ‘medo de perder as eleições’, tenham produzido os fatos ocorridos nesta manhã em minha casa”. (veja nota completa abaixo).

Operação

Segundo a apuração realizada pela Polícia Civil e pela Controladoria Geral do Estado, membros de uma organização criminosa desviaram dos cofres públicos aproximadamente R$ 500 milhões, valores estes que tinham por destino a utilização em aparelhos públicos prestadores de serviços de saúde.

O Psbista é pré-candidato ao governo do estado de São Paulo em 2022. Em 2020, França concorreu à Prefeitura de São Paulo.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), “as investigações tramitam sob segredo de Justiça e mais detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial”.

Em dezembro de 2021, o Ministério Público de São Paulo informou que 12 pessoas acusadas em envolvimento nas fraudes apuradas pela Operação Raio X foram condenadas a penas que chegam a 21 anos de prisão. Eles teriam celebrado contratos superfaturados na administração de equipamentos de saúde em cidades do interior paulista, como Birigui e Penápolis.

Segundo os promotores, interceptações telefônicas e análises do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) indicaram que o grupo desviava dinheiro público com preços acima da média e com pagamentos por serviços não prestados, justificados com notas fiscais falsas.

Investigação
Segundo informações divulgadas no relatório da investigação, o foco desta operação são contratos de gestão firmados durante o governo Márcio França que teriam supostamente beneficiado uma organização criminosa investigada, chefiada por Cleudson Garcia Montali, responsável por quatro Organizações Sociais (OS) que foram investigadas por desviar dinheiro dos hospitais, e que teria  realizado doações financeiras para a campanha eleitoral em que Márcio França concorria ao governo de São Paulo. “Verificou-se, ainda, que a organização criminosa também financiaria a campanha eleitoral de Márcio França à prefeitura de São Paulo no ano de 2020, fatos estes que demonstram possível envolvimento de Márcio França com a organização criminosa”, diz o relatório.

Nota de Márcio França:

“Começaram as eleições 2022. 1ª Operação Política.

Não há outro nome para uma trapalhada, por falsas alegações, que determinadas “autoridades”, com “medo de perder as eleições”, tenham produzido os fatos ocorridos nesta manhã em minha casa.

Toda operação policial tem nome!

Essa é uma operação política e não policial.

Ela é, evidentemente, de cunho político eleitoral.

Não tenho ou tive qualquer relação comercial ou advocatícia com as pessoas jurídicas e físicas que são alvo da investigação.

É lamentável que se comece uma eleição para o Governo de SP com estas cenas de abuso de poder político.

Já venho há tempos alertando que um grupo criminoso em SP tenta me impedir de expressar a verdade. Sabem que não compactuo com eles, que querem tomar conta do Estado de SP. Se depender de mim, não vão conseguir.

Eu não sou alvo de nenhuma operação, pois sou advogado particular, não tenho relações nem vínculo com serviços públicos. Não tenho relação com a área médica ou de saúde.

Tenho 40 anos de vida pública, não respondo a nenhum processo criminal.

Só deixarei de ser governador de SP se o povo paulista não quiser.

Não tenho medo de ameaças ou de chantagem. Em 40 anos de vida pública, já fui muitas vezes difamado e injustiçado, nunca condenado.

Aliás, já enfrentei adversários muito mais qualificados. Não vão ser os meus atuais concorrentes, notórios mentirosos, que me farão recuar”.

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