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novembro

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Na crise, até a igreja sofre

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Revista Aletéia traz mais uma vez uma reportagem interessante com o título Brasileiros vão menos à igreja e dão menos contribuições”.

Nela existem alguns dados que podem nos deixar preocupados: há queda significativa de frequência aos locais de culto no Brasil. A frequência a cultos caiu de 65% para 53% nos últimos 6 anos, segundo a Datafolha de São Paulo, em sondagens de 2016 a 2022. Parece que não há mais interesse em frequentar um templo seja de qual religião.

— Leia também: O Brasil que temos

Este tema já foi assunto de outras matérias, haja vista que não se sabe exatamente o motivo deste êxodo. Alguns alegam falta de tempo, outros, de interesse nas pregações, outros ainda não acreditam nos pastores e padres, apesar do sucesso que pregadores evangélicos e padres possuem, uma vez que povoam as TVs, do país.

E o mais triste, muitos acreditam que a religião não serve para nada.

Crenças no Brasil (Maioria Cristã):
51% católica
26% evangélica
2% adventistas,
2% espiritas
1% umbandistas

Outras religiões somam 5% da amostra. Ainda sobram 12%, que são os brasileiros que dizem não possuir uma fé específica.

Recentemente saiu uma matéria sobre o futuro das religiões e para muitos a tendência é que elas desaparecerão. Não creio, porque é da essência do ser humano buscar explicações para as perguntas fundamentais da existência: de onde viermos, para onde vamos, o que fazemos aqui?

Mais ainda, para a maioria das pessoas muitos problemas insolúveis aqui neste mundo são solucionados apenas com intervenção divina e de fato, quando tudo se esgota, somente o pedido a Deus pode trazer conforto, principalmente nos casos de doenças.

De outra parte, os exemplos dados por padres, pastores, chefes e dirigentes de outras religiões não incentivam os fiéis. Uns são acusados de neofilia, outros de intermediar negociatas, enfim, o aspecto religioso, a busca de Deus, muitas vezes ficam no limbo, fora do script.

Se o fiel vai menos à igreja a culpa é da igreja. Mesmo que a sociedade esteja mudando sua concepção de religião, a igreja – todas elas – não mudaram suas concepções. A religião não é uma questão apenas de fé, mas também de fé aplicada.

Toda religião é Teândrica, isto é, Teos pela sua essência e Andros pelo seu objetivo. Em outras palavras, as religiões existem para tornar o homem e o mundo melhores. Por isso a ação do fiel é imprescindível.

Ademais, fala-se que os fieis não contribuem financeiramente . Desde a antiguidade egípcia existe a prática da doação: era o dízimo. Apesar da palavra “dízimo” significar dez por cento ou a décima parte de alguma coisa, atualmente as igrejas, deixam como critério o que determina o coração do fiel. Podemos doar 5%, 3%, 12%, de acordo com a nossa disponibilidade financeira e a vontade de nosso coração.

Com a vida cada vez mais difícil aqui no Brasil, o fiel madeixa de lado a contribuição, mesmo quando é passado o saquinho de doações dominicais, e é justo que o faça, afinal a primeira responsabilidade da família é com a própria família, embora a fé que tenhamos no Criador.

Assim, no Brasil, a crise alcança a tudo e a todos.

Sérgio Motti Trombelli
é professor universitário e palestrante

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