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Guarujá em Foco

Turistas se arriscam no transporte clandestino na volta para casa

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Todo começo de ano é a mesma coisa: rodoviária lotada de passageiros a espera dos ônibus que atrasam devido aos congestionamentos nas estradas e, do lado de fora, centenas de passageiros se arriscam com o transporte clandestino para voltar para casa

Da Reportagem

Guichês lotados por pessoas em busca de passagens de última hora e muita espera é o que se vê todos os anos na rodoviária de Guarujá após o réveillon. Neste ano não foi diferente, e desde o domingo (1), o movimento de passageiros com destino ao terminal Jabaquara, em São Paulo, é bastante intenso.

O atraso nos embarques causado pelo trânsito congestionado nas estradas que ligam a Baixada Santista à Capital contribuem para a situação caótica no local. Filas, malas, bancos lotados e muito cansaço na espera por aqueles que aguardam de pé o próximo ônibus.

De acordo com a Socicam, empresa responsável pela gestão do Terminal Rodoviário do Guarujá, entre os dias 23 de dezembro e 04 de janeiro deste ano, foram registrados o embarque de 19.486 passageiros.

“Compramos a passagem de volta com antecedência, mas já está atrasado em uma hora e sem previsão”, disse a cabeleireira Angela Santana, moradora de Osasco, na manhã de segunda-feira (2). Outra passageira contou que passou a noite na rodoviária aguardando uma vaga e ia seguir em busca de uma cadeira para voltar para casa.

Muitos chegavam e não encontravam horário para os dias que precisam. “Estamos vindo aqui desde ontem (domingo) a tarde e ainda não conseguimos comprar passagem. Não vou desistir porque preciso estar em São Paulo amanhã (terça-feira) para uma entrevista de emprego”, disse Horácio Silva, que mora no bairro Santa Rosa e precisa ir à São Paulo, mas não consegue comprar a passagem devido a demanda.

Apesar do movimento intenso no terminal, o que chamou a atenção foi a quantidade de pessoas do lado de fora aguardando o transporte clandestino para pegar a estrada de volta para casa. Sem que nenhum tipo de fiscalização ocorresse. Ao longo da semana, centenas de pessoas ficaram perfiladas na calçada aguardando as vans e carros de passeio que faziam as viagens para São Paulo.

“No próximo carro eu vou viajar, mas estou aqui há três horas já. Os carros atrasam por causa do trânsito nas estradas”, justifica o turista que aguardava na fila dos clandestinos na noite de segunda-feira (2).

O estado de conservação de alguns dos veículos que estavam fazendo o transporte era no mínimo duvidoso, mas não havia carros suficientes para atender à demanda, e filas de dobrar o quarteirão se formaram durante toda a noite de segunda-feira (2), seguindo pela terça e madrugada de quarta-feira (4).

Uma das passageiras conta que levou três horas para chegar em São Paulo e que não havia nenhum tipo de fiscalização na estrada. “O motorista não deu nenhuma orientação pra gente, mas também não teve nenhuma fiscalização na estrada, só congestionamento mesmo”, contou a moradora de Diadema. “Só coloquei a máscara, abri o vidro da van e fui com Deus”, finaliza.

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