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Invisibilidade Social: Não é só uma questão de dificuldade social e financeira

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Tema é ligado a outras questões como o analfabetismo, pessoas em situação de rua ou de baixa renda, e mais…

Assim que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, publicou em seu perfil no Twitter o tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no domingo passado, houve uma série de reações imediatas de internautas, inclusive a minha: que tema difícil!

O tema “Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil”, chega a ser desafiador para quem já está na estrada há anos, imagina para quem acabou de sair do ensino médio.

 — Leia também: Personalidades demonstram valor e relevância na ‘Consciência Negra’

É difícil por conta da sua abrangência! Não só pelas dificuldades sociais e financeiras do Brasil, mas por ser um tema ligado a outras questões como o analfabetismo, pessoas em situação de rua ou de baixa renda, que em planos emergenciais nem conseguem seus benefícios por serem cidadãos que “não existem”.

Também tem as pessoas trans e não-binárias que ainda sofrem com dificuldades em exercer o direito de identificação de gênero no registro civil… Não é uma metáfora. A “invisibilidade” é um problemão social.

Não há dados atualizados sobre a parcela da população fora dos registros civis. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), contabilizava, em 2015, cerca de 3 milhões de brasileiros sem documentos.

Em contrapartida às polêmicas discussões virtuais e presenciais em virtude do surpreendente tema, o Conselho Nacional de Educação (CNE), relatou que a aplicação da prova foi tranquila.

“Não tivemos problema logístico na aplicação, tudo ocorreu com relativa tranquilidade”, relatou a presidente do CNE, Maria Helena de Castro, logo após a prova. “Isso traz tranquilidade para os alunos para que se preparem para o próximo domingo, segunda etapa da prova”, avaliou a presidente.

A Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que reúne os 7.654 Cartórios de Registro Civil do Brasil, divulgou nota oficial ressaltando a relevância do assunto para o país.

A citação do tema, segundo a nota, foi motivo de orgulho para a associação, que destacou a necessidade de valorização deste trabalho de registro, que acontece em maternidades e mutirões realizados em comunidades, aldeias indígenas, lugares de populações excluídas.

Segundo dia do Enem 2021, como será?

O tempo de prova do segundo dia de exame, no domingo (27), é um pouco menor. A prova deve ser iniciada às 13h e encerradas às 18h30. Toda a prova do segundo dia será objetiva. Ou seja, com questões de múltipla escolha. Serão aplicadas provas de Ciências Exatas e da Natureza.

As mesmas regras usadas no primeiro dia de exame continuarão a ser válidas no próximo domingo, como o distanciamento social, uso de máscara durante todo o tempo dentro do local de aplicação. E agora, também, inclui a proibição do uso de aparelhos eletrônicos, entre eles a calculadora. Para quem vai fazer, Boa sorte!

CURIOSIDADES DO ENEM

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No primeiro ano, em 1998, apenas duas universidades no Brasil utilizavam a nota do Enem como método de classificação para o vestibular. Crédito/Revista Veja 

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O MEC passou a conceder isenção da taxa de inscrição aos estudantes da rede pública em 2001.houve um salto no número de participantes, e no ano seguinte o Enem registrou 1.829.170 inscritos. Crédito/Reprodução

 

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Em 2004, o ProUni começou a usar a nota do Enem para concessão de bolsas de estudos integrais e parciais aos participantes. Em 2011, a participação no Enem seria obrigatória para quem quisesse financiar seus estudos por meio do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). Crédito/Reprodução

 

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Estudantes protestam contra as falhas no Enem em 2010. Vazamento dos dados dos candidatos foi um deles. Alguns estudantes colocaram fogo em cartões de respostas e foram até o Palácio Capanema, sede do Ministério da Educação (MEC). Crédito/Fábio Motta/Estadão Conteúdo

 

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A pandemia adiou a prova de 2020 para janeiro de 2021, mesmo assim, muitos alunos não se sentiram preparados ou seguros para fazer a prova. O segundo dia de aplicação do Enem 2020 teve 55,3% de faltas, abstenção recorde no exame, segundo o Inep. Crédito/Marcello Casal

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