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Julho Amarelo alerta para prevenção da hepatite

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O Ministério da Saúde propõe neste mês, a campanha Julho Amarelo, criada com o objetivo de reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites. A hepatite é uma inflamação do fígado que pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.

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Nem sempre a doença apresenta sintomas, por isso, a prevenção e a informação são cruciais. As Hepatites estão classificadas como A, B, C, D e E. Para algumas delas já existem vacinas e para outras a prevenção e a identificação precoce podem ser a única saída.

A falta do conhecimento da existência da doença é o grande desafio, por isso, a recomendação é que todas as pessoas com mais de 45 anos de idade façam o teste, gratuitamente, em qualquer posto de saúde e, em caso de resultado positivo, façam o tratamento que está disponível na rede pública de saúde para todos os tipos de hepatite, independentemente do grau de lesão do fígado.

Transplante pode ser única alternativa para o paciente

Em 2014, a professora de matemática e psicoterapeuta holística Patrícia Gonçalves percebeu que seus olhos estavam amarelos e imaginou que poderia ser Hepatite. Em visita ao hepatologista, descobriu após diagnósticos e muitos exames, que se tratava de uma Hepatite autoimune.

Uma doença autoimune é causada pelo mau funcionamento do sistema imunológico, levando o corpo a atacar os seus próprios tecidos. No caso da Patrícia, o seu sistema imune não reconheceu as células do fígado. A ciência ainda não sabe ao certo o que desencadeia as doenças autoimunes.

Em 2020, após seis anos de tratamentos médicos convencionais, tratamentos alternativos, algumas internações e reeducação alimentar, e muita força mental e emocional, ela recebeu a informação de que apenas 10% do seu fígado estava em funcionamento adequado, seguido pelo diagnóstico da necessidade de transplante.

Assim, Patrícia entrou na fila do transplante. “No estado de São Paulo são 17 mil pessoas que esperam por um órgão. Por conta da gravidade da minha doença eu entrei na posição 150, mas devido ao agravamento da doença fui chegando na ponta da fila, rapidamente”, conta.

No fim de 2021, na 15ª posição da fila no Hospital Albert Einstein, e extremamente debilitada, Patrícia recebeu a notícia de que receberia o transplante com um órgão de um jovem doador.

“No quarto dia após a minha cirurgia eu recebi alta, e fiquei muito emocionada, pois ninguém sai de um transplante tão rápido”, afirma. No quinto dia, ela estava em casa.

Há sete meses Patrícia está transplantada. Hoje, ela faz um apelo sobre a necessidade das pessoas se conscientizarem à disposição dos transplantes. “Falta de informação e preconceito acabam atrapalhando demais a doação”, esclarece.

Hoje ela está preparando uma palestra sobre essa necessidade da doação. “Eu quero levantar essa bandeira e ajudar as pessoas a se informar sobre a necessidade da doação, pois existe muito preconceito sobre o assunto. As pessoas não têm a menor ideia de que elas podem precisar de um órgão”, esclarece.

 

 

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