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Guarujá em Foco

Guarujá desmistifica anemia falciforme em seminário com participação de 200 espectadores

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Enfermidade foi tema do Dia Internacional da Luta Contra a Discriminação Racial e abordou a fundo todos os aspectos da doença, que atinge principalmente a população negra e afrodescendente

Com o objetivo de conscientizar e debater políticas públicas, a Prefeitura de Guarujá promoveu um seminário sobre anemia falciforme, na última quinta-feira (21). A iniciativa aconteceu na Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) – Campus Guarujá. O evento foi tema do Dia Internacional da Luta Contra a Discriminação Racial, celebrado em 21 de março.

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Para debater todas as faces da doença, participaram médicos hematologistas, representantes dos conselhos da Comunidade Negra do Estado de São Paulo, da capital paulista e de Guarujá, além de portadores de anemia falciforme e representantes do poder público municipal.

O seminário foi conduzido pela Secretaria Municipal de Comunicação e Relações Sociais (Secom), por meio da Assessoria de Políticas Públicas da Igualdade Étnica, Racial e Direitos Humanos, em conjunto com a Unoeste e o Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista (Condesb).

A didática foi levada a todos com a primeira palestra, ministrada pelo hematologista e coordenador do curso de Medicina da Unoeste, Ronald Pallotta. “É importante entendermos todos os traços da doença. Existe a síndrome e a anemia falciforme. Nem todas as pessoas com a síndrome possuem a anemia”, explicou.

Muitos portadores da anemia falciforme não sabem que possuem a enfermidade, podendo negligenciar sintomas. “Às vezes, uma pessoa pega uma gripe, porém, se ela tem anemia falciforme, pode não ser só uma gripe, mas uma complicação advinda da própria anemia falciforme. Muitos morrem por conta dessas complicações”, complementou Pallota.

Vivência

O seminário contou não só com representantes da Baixada Santista. Integrante do Conselho Estadual de Saúde de São Paulo, Sheila Pereira, que também é portadora da doença, veio até Guarujá e palestrou. “Perdi seis irmãos e o meu pai que tinham anemia falciforme. Esse é um evento de suma importância para as pessoas entenderem a doença em si, as políticas públicas e os tratamentos que estão surgindo”, declarou.

A oportunidade expandiu o conhecimento para quem já tinha ciência da enfermidade e abriu os olhos de quem não conhecia. “Eu confesso que não tinha familiaridade, mas antes do evento eu tive uma verdadeira aula. Percebi o quanto precisamos abordar com afinco esse tema”, declarou Suely de Melo Pastoriza, a Mãe Danda, membro e ex-presidente do Conselho de Desenvolvimento e Participação da Comunidade Negra de Guarujá.

O seminário deu espaço para relatos de demais portadores da doença, que enfrentam sintomas desde a infância. A troca de ideias levantou temas importantes, como o protocolo de atendimento a pacientes em momentos de crise. O debate ainda contou com a participação dos secretários municipais, titular e adjunto, de Comunicação e Relações Sociais, Tadeu Ferreira Junior e Leandro Bittencourt, além de representantes da Secretaria Municipal de Saúde.

A doença

A anemia falciforme é uma doença hereditária, caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos do sangue, assumindo-os formato de foice, obstruindo o fluxo sanguíneo. A enfermidade atinge uma a cada 1.200 pessoas nascidas no Brasil. Ela atinge principalmente a população negra do País. Hoje, estima-se que cerca de 8% de pretos e pardos no Brasil são portadores da enfermidade.

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