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Dengue pode matar

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Nessas primeiras semanas de 2024, o Brasil já ultrapassou 650 mil casos de dengue. Entre eles, o registro confirmado de 113 mortes pela doença, e outras 430 seguem em investigação, segundo o Ministério da Saúde.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos emitiu um alerta para pessoas que virão ao Brasil, devido ao aumento do número de casos. Uma campanha de mobilização contra a dengue nas escolas começou nesta semana, com a proposta de ampliar o combate ao mosquito Aedes aegypti com a conscientização da população sobre a doença, por meio de guias educativos,
podcasts, vídeos e lives com especialistas.

O importante, agora, é usar todas as estratégias para informar sobre o perigoso aumento dos casos de dengue no País. Se você ainda tem dúvidas sobre a doença, sobre como se prevenir e contribuir para excluir esse mosquito danado da nossa vida, reunimos algumas observações de especialistas para ajudar.

Como evitar essa procriação?

A medida mais importante é evitar a procriação do Aedes aegypti. Ele é um inseto urbano atraído por reservatórios de água, por que as fêmeas depositam os ovos na superfície da água limpa. Ele também é responsável por infectar humanos com o vírus causador da chikungunya, da zika e da febre amarela urbana.

Esvazie e limpe recipientes ou objetos que possam acumular água, como latas, garrafas, pneus, calhas e prato de vaso de planta. Tampe a caixa d’água. Em locais onde a água não será consumida, como água de piscina desativada, vaso sanitário sem uso frequente, ralos internos, bandejas de geladeira ou ar condicionado, entre outros, deve-se utilizar sal, detergente, sabão em pó, água sanitária ou cloro. As larvas vivem por 24 horas após a adição. Use 2 ml de produto por litro de água existente no local.

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Repelentes contra o Aedes aegypti

Usar repelente diariamente é a melhor forma individual de proteção contra a dengue. Especialistas em epidemiologia advertem que não existe nenhum repelente caseiro que tenha evidência científica robusta que sustente a sua eficácia. Os repelentes comerciais, reconhecidos pela Anvisa e eficazes para a doença são aqueles que contêm substâncias como DEET, IR3535 e icaridina. Busque no rótulo.

Vacinas são essenciais

Neste mês de fevereiro, o Brasil iniciou a oferta do imunizante pelo sistema público. O Ministério da Saúde selecionou 521 cidades brasileiras, além do Distrito Federal, para iniciar a campanha nacional de vacinação contra a dengue. Os municípios compõem um total de 37 regiões do País que, segundo a pasta, são consideradas endêmicas para a doença.

Nenhuma cidade da Baixada Santista foi contemplada por ora. A vacina da dengue está disponível na rede privada. A dose única custa entre R$ 390 e R$ 490, variando de acordo com o laboratório, clínica ou farmácia.

Sintomas podem confundir doenças

Febre, dor no corpo, falta de apetite e perda de paladar. Tanto a dengue quanto a Covid-19 podem apresentar esses sintomas. Mas atente-se: Na dengue tem como característica uma dor atrás dos olhos, principalmente durante o movimento.

Além disso, a dengue pode causar manchas vermelhas pelo corpo e, em casos mais graves, levar à dor abdominal intensa, sangramento nas mucosas, queda na pressão arterial e aumento do fígado (hepatomegalia). Por outro lado, a Covid-19 é caracterizada por sintomas respiratórios, como tosse, dor de garganta e coriza, principalmente em casos leves.

Nos casos mais graves, podem surgir tosse, falta de ar, desconforto respiratório e dificuldade comer, determinando um quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARG). Saber identificar os sintomas de cada doença pode ajudar a diferenciar o diagnóstico, mas a confirmação somente é feita através de testes laboratoriais.

Tanto no caso da dengue, quanto na Covid-19, é possível realizar testes rápidos, que identificam a presença do vírus em até 15 minutos. E lembre-se: o vírus da dengue não é transmissível de uma pessoa para outra, a não ser em casos de “transmissão vertical” (da gestante para o bebê, ou por transfusão sanguínea).

Já a Covid-19 a gente já sabe: lave as mãos sempre e use máscaras em caso de sintomas.

Cuidado e cautela
A hidratação e o controle dos sintomas, como febre e dor, são importantes para o tratamento das pessoas infectadas. É crucial evitar o uso de medicamentos como o ácido acetilsalicílico (AAS), devido aos riscos de complicações. Apenas paracetamol e dipirona são indicados. Mas lembre-se, se automedicar é perigoso e traz riscos à evolução da doença. A recomendação buscar atendimento médico.

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